ANSIEDADE PROFISSIONAL
A ansiedade no trabalho pode fazer com que muitas pessoas deixem de aproveitar oportunidades profissionais e de usufruir as satisfações e os benefícios proporcionados pelo trabalho. Muitas vezes ignoramos os sintomas da ansiedade – as batidas aceleradas do coração, a respiração rápida e ofegante, o estômago contraído, a fala trêmula e os pensamentos desordenados e as mãos suadas. Tentar disfarçar ou fingir que nada está acontecendo, em curto prazo, pode causar mais problemas, como piora do desempenho e até o aumento da ansiedade e tudo isso, em longo prazo, limita ainda mais as chances de sucesso e a satisfação profissional.
Não é possível ficar totalmente seguro e ainda obter as coisas que trarão satisfação, é necessário assumir alguns riscos. Em outras palavras: precisamos nos colocar em situações de perigo ou risco, sair do comodismo.
Primeiro ato: luta e fuga
Essa reação é natural ao ser humano e pode até salvar vidas em situações extremas. A ansiedade em determinada quantidade auxilia a prever resultados negativos e evitá-los. O cérebro e o corpo permanecem programados com a reação de luta e fuga, quer as pessoas precisem ou não dessa energia de emergência. O que ocorre quando uma situação de trabalho estressante ou um temperamento facilmente excitável aciona continuamente a reação de luta e fuga em você? A reação de luta e fuga pode nos ajudar no trabalho.
Segundo ato: ansiedade da separação e medo de estranhos
Especialistas acreditam que essa primeira ansiedade da separação, aliada ao medo de estranhos, estabelece o padrão para reações de medo e ansiedade posteriores. Essas respostas iniciais criam uma base biológica que os adultos podem manifestar em muitos tipos de comportamento de fuga ou como uma necessidade de se apegar à segurança do que lhes é familiar.
O auto-conhecimento reduz a ansiedade
Uma das causas do estresse e da ansiedade no trabalho é a tensão habitual que surge quando pessoas com personalidades diferentes dividem o mesmo ambiente e acabam se chocando. Todos sentem a constante evolução da ansiedade, do atrito e as divergências podem, eventualmente, se transformarem em confronto.
Uma forma de cortar essas tensões logo no início é, primeiramente, avaliar suas verdadeiras características no trabalho e, então, criar um quadro daquelas que seriam ideais. Ao comparar seu “eu verdadeiro” com seu “eu ideal” você conseguirá estabelecer como alvo os comportamentos que deseja modificar e mudá-los pode facilitar as interações diárias com seus colegas e, dessa maneira, reduzir a ansiedade. Como você se vê no trabalho?
Risco, coragem e expectativa
Muitas vezes sentimos ansiedade ao enfrentar situações em que há possibilidade de perda, desapontamento ou mesmo ferimento e morte. A ausência de medo pode, algumas vezes, ser entendida como insensibilidade, estupidez ou imprudência, mas nunca deve ser confundida com coragem. A coragem é agir adequadamente mesmo quando você se sente receoso e, geralmente, é resultado do aprendizado. Você pode aprender a agir corajosamente.
Ansiedade antecipatória: o medo de riscos
Usar a imaginação para resolver problemas simples e cotidianos, em casa e no trabalho, e prever perdas e ganhos é tão natural que muitas vezes não percebemos que possuímos essa capacidade. Quando a reação é de temor diante da antecipação de um perigo previsto ou imaginado é a ansiedade antecipatória que pode se tornar um problema por si só. Ela traz o desconforto de sentir que é um mau negócio apresentar-se voluntariamente para um novo projeto, que é perigoso solicitar melhores benefícios profissionais e imprudente transferir-se para um novo departamento.
Você sente que o risco é grande demais e opta por evitar o desconforto físico baseado no uso preliminar de sua forte imaginação. Você pode, entretanto, aprender a dominar sua própria imaginação controlando os riscos, corajosamente!
Que fatos poderiam acontecer no trabalho que fariam seu sangue gelar? O seu maior medo é ser repreendido diante de todos? Ou é ser demitido ou rebaixado?
O mundo profissional, certamente, contém pressões específicas que as pessoas devem combater com sua própria energia. Há prazos a cumprir, pedidos urgentes a atender, normas governamentais a serem seguidas, documentos a serem preparados ou digitados, correspondência a ser enviada – milhares de pressões diferentes.
A maioria das pessoas, entretanto, geralmente é estimulada ou estressada em excesso. A mensagem que seus cérebros recebem é: produza mais energia, mais rapidamente! Porém, quanto mais rápido o ritmo, maior é a dificuldade em mantê-lo e mais intensamente o sistema nervoso é energizado. Aí ficamos com energia nervosa em excesso.
Katia Cristina Horpaczky
Fonte: Estrela Guia
05.02.2013